Dia 3 (15 de julho) Caminhada no Parque Obo

Fomos com o guia Gabriel da Associação Montepico fazer uma caminhada pelo Parque nacional Obo. Para quem gosta de contacto com a natureza e com a população local, vale a pena contactar esta associação. O seu presidente Luis Mário Almeida vive na Roça Nova Moca (telf.9911670) nem sempre é fácil de contactar.
O nosso guia Gabriel soube transmitir-nos o seu gozo de ouvir e reconhecer (e por vezes ver) os pássaros que habitam este Parque. O papa-figo assobia como os humanos, o pombo-verde, colomba são tomense (o maior da sua ilha), o pombo lavarta, que se alimenta no chão, o louva-a-deus, que de manhã faz um vooo de sobe e desce, parecendo um cântico de oração.
Figo obata
Também aprendemos os nomes e utilidade de várias árvores. Há uma árvore/trepadeira ficus (figo obata) que estrangula outras arvores de dezenas de metros de altura, até as sofucar e secar. O resultado é uma arvore que parece oca por dentro, mas o interior era ocupado pela arvore que foi sofucada e secou. Há a arvore-óleo, muito inflamável, que tem uma seiva gurdorosa. Há a cana de macaco que se pode mastigar, está cheia de água dentro, parece que estamos a comer maçã. Há o pau-em-pé que é afrodisiaco. A árvore quebra-machado, muito dura, que era usada nas linhas de caminho de ferro.
Na Lagoa Amélia com o guia Gabriel

Fomos até à Lagoa Amélia e depois pelo caminho do Fugido, nome dado devido aos escravos que fugiam das roças e ficavam no Obo em busca da liberdade.
O Gabriel tinha muitos conhecimentos, era muito calmo e uma ótima companhia. Fizemos um almoço partilhado muito espontâneo. O Gabriel partilhou connosco doces confecionados na Nova Moca: biscoitos de coco e nougat de amendoim e mel.
Nota 20 para o passeio! Já em Portugal tinhamos planeado este passeio. Tinhamos pedido um orçamento à Navetur, mas desistimos devido ao preço elevado e termos de pagar 100% com 3 semanas de antecedência. Chegámos à conclusão que para quem fala português e estando no local, esta associação, que tem em vista o desenvolvimento local, é uma boa opção. Para quem não fala português e quer ter tudo marcado com antecedência a Navetur é uma boa opção.
Dormimos na casa do Jardim Botânico. À noite só tinhamos a luz da lua e assim podemos desfrutar de um lindo ceú cheio de estrelas.
Jantámos com o Francisco, um dos trabalhadores do jardim, à luz das velas. Ficámos a saber como tinham passado por ali o Ecofac I, II e III... Deixaram algumas “sementes”...
 Sr.Francisco no Jardim Botânico a pontar um número de telefone no banco de madeira


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